Analita Alves dos Santos
A leitura e a escrita foram sempre as minhas grandes paixões. Na verdade, desde pequena que sonho escrever livros e partilhar as minhas histórias com miúdos e graúdos.
Nasci na fria Alemanha, a 20 de outubro de 1974. Desde que regressei, tinha quatro anos, nunca mais lá voltei. É um desejo que tenho vindo a adiar sabe-se lá bem porquê.
Depois de uma licenciatura em marketing e uma pós-graduação em gestão, trabalhei no setor do Turismo. A escrita acompanhou-me.
Comecei como ghostwritter. Escrevi anonimamente para diversos jornais, revistas e argumentos para vídeos. Mais de vinte anos onde as palavras estiveram sempre presentes. A paixão pela ficção também lá estava, mas escondida na gaveta.
Sempre fui uma leitora compulsiva. O meu recorde até hoje foram os quatro livros da coleção «As Brumas de Avalon», todos lidos numa semana quando era ainda adolescente.
Num determinado momento, um burnout obrigou-me a fazer escolhas e eu decidi: deixei o Turismo, dediquei-me à maternidade e apostei na minha formação na área da escrita criativa. A pós-graduação em Escrita de Ficção, o convite para dar aulas como professora universitária, a parceria internacional com o McSill Studio e a «Agenda do escritor» são alguns dos exemplos recentes da materialização do meu propósito: incentivar os portugueses a ler mais e a escrever com mais confiança.

Em 2019, decidi dar o grande salto e publicar o meu primeiro livro infantojuvenil «A Irmandade da Rocha», que condensa outra das minhas paixões – o Ambiente – e que em menos de seis meses atingiu a sua 2.ª edição.

Na verdade, a publicação deste primeiro livro representou o grande ponto de viragem na minha vida profissional (e pessoal), o meu despertar. Entretanto, já publiquei outro livro infantil, coordenei três coletâneas de contos e tenho um romance no forno.
A partir desse dia mágico — 5 de abril de 2019 — os livros, as palavras e a escrita de ficção começaram a fazer definitivamente parte do meu dia a dia.
Agora, assino mensalmente uma coluna de opinião no jornal Sul Informação com o mote «Mãe preocupada com o ambiente e não só», sou colunista no Repórter Sombra, na revista Pontos de Vista e no Megafone do Público, dirijo a revista literária «Palavrar – Ler e escrever é resistir», coordeno a rubrica semanal «Colunistas Mulheres à Obra» e dinamizo clubes de escrita criativa para jovens. Complementando o meu trabalho de autora, realizo ações de incentivo à leitura e à educação ambiental, junto de escolas, bibliotecas públicas e feiras do livro.
Fui mentora do concurso de Escrita Criativa Poeta António Aleixo e tenho a curadoria do clube de leitura «Encontros Literários O Prazer da Escrita», que conta com o apoio institucional do Plano Nacional de Leitura, além das diversas formações e eventos que ministro online e presencialmente por onde já passaram milhares de pessoas