O bom fascista deve ser daltónico

O BOM FASCISTA É… Tendo como mote o livro «Manual do Bom Fascita» de Rui Zink, o desafio foi partindo da observação da realidade atual criar um texto satírico humorístico dentro desta temática tão séria.

Não é que seja racista, mas convém que as cores que enxerga sejam todas, menos o vermelho.

No entanto, fica feliz quando o verde se transforma em vermelho, pois tem ali à mão um adversário. E como aquela cor predomina à sua volta, vê adversários em todo o lado, o que lhe dá imenso que fazer.

No entanto, depende muito do foco e o seu é erradicar o vermelho, o que vem muito a calhar o daltonismo. Vê o mundo cinza, mas depende da pigmentação do objetivo focado.

O preto serve-lhe na roupa mas não na pele. Não é bem-visto, faz-lhe lembrar povos incultos e selvagens sem direitos alguns. Como é possível pensarem que é racista, se ele próprio é judeu, mas não quer que se saiba!

O culto religioso tem cores brancas, púrpuras e douradas que ele preza, mas tem de estar em sintonia com o seu lema: “ou está comigo, ou está contra mim” e por extensão contra a pátria.

A sua cor preferida é o azul e branco, da sua bandeira. Sempre presente, em casa e no trabalho. Quanto à família ela é monocromática, só a sua cor deve sobressair.


Deus, pátria, família é o slogan a seguir.

Maria Gaio

Texto Vencedor
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