No meu mundo das palavras, da escrita e dos livros tenho tido o privilégio de conhecer pessoas fantásticas. Jovens leitores, leitores mais maduros, aspirantes a escritores, escritores em início de carreira (categoria na qual, humildemente, me incluo) escritores consagrados e a opinião é unânime: os livros têm um poder invisível sobre nós. Nem que seja, o poder de levar algumas almas, ainda por despertar, a afirmar com toda a convicção “eu não gosto de ler!”.
Ter opiniões fortes e vincadas é positivo. Ajuda-nos a demarcar aquilo que somos e separa-nos daquilo que poderíamos ser. A essas almas mais incautas fica o aviso: cedo ou tarde, o sussurro mágico das palavras escritas irá despertar-lhes os sentidos. Nem que seja, empurrados pela obrigatoriedade premente, de um dia, serem responsáveis por revelar à descendência, que existe uma coisa estranha chamada “livros”, com “palavras” lá dentro… E essas palavras, contam-nos “histórias”… E essas histórias abrem-nos portas e janelas invisíveis e “A mente que se abre a uma nova ideia, jamais volta ao seu tamanho original”. (Albert Einstein).
Pois bem. Neste meu mundo, que é tudo, menos aborrecido (sim, porque também há quem pense que os livros “são uma seca!”) conheci recentemente, uma Mulher inspiradora. Que fique, por favor, registado: escrevi “mulher” com “M” maiúsculo, propositadamente. Poderia ter optado, por tantos outros sinónimos como, “pessoa”, “alguém”, “senhora”, “indivíduo”. Mas, não. Escolhi Mulher.
Este feliz encontro fez-me reconhecer a força poderosa que existe no ser humano do sexo feminino. Não digo isto com nenhum sentimento de feminismo exacerbado: homens e mulheres são diferentes. E há, em nós mulheres, um instinto puro mais próximo da essência da Natureza, capaz de nos fazer mover montanhas, dentro ou fora de nós.
Esta Mulher, de ossos de cristal – frágil desde a nascença – que tive a honra de conhecer é a prova viva que os milagres existem. Que a Escrita, se não salva, pode dar esperança, alegria e alento para seguirmos, corajosamente em frente, um dia de cada vez. Que a partilha da nossa Escrita, numa catarse quase libertadora, transforma e inspira o Outro, a também ele, ir mais longe, a se superar.
E é este, o verdadeiro poder da Escrita. Porque, “Podes não controlar o que sentes, mas podes controlar como te comportas.” (Margaret Atwood). Podes sempre, sejam quais forem as tuas circunstâncias, escolher o rumo a dar à tua vida… Podes, sempre optar: deixares-te quebrar, em mil pedações, como uma frágil peça de cristal ou tornares-te forte e indestrutível, como um diamante.
Artigo completo no Repórter Sombra.